Monday, November 06, 2017

Uma poesia de Pedro López Adorno

AMOROSO AJEDREZ                      
Pedro López Adorno

Aunque muchos piensen que las piezas
no existen, este caprichoso ajedrez
vuelve a sus lechos.

Vuelven las aperturas. Su imán
peligroso. EI magín en que uno
es el peón iluso. Evade
cuanta trampa aparezca. Vence
contrincantes de peso en esa cima
en que todo se pierde.

AlIí la esencia de la combinación
inolvidable. La inusitada escaramuza.
Los cuadros de una noche que no tenga
fin. Esquivar damas de humo
en tránsito al combate.

Como si fuese uno
entregándose a la contienda
al final del camino. Complicidad
de las capturas. Arrebato
cuerpo a cuerpo.

Todo feroz porque siempre es más
sutil el desengaño.

XADREZ AMOROSO

Embora muitos pensem que as peças
não existem, este caprichoso xadrez
volta a seus leitos.

Voltam as aberturas. Seu ímã
perigoso. A magia em que um
é o peão iludido. Evade
quanta armadilha apareça. Vence
oponentes de peso nesse luta
em que tudo se perde.

Ali a essência da combinação
inesquecível. A escaramuça incomum.
Os quadros de uma noite que não tem
fim. Esquivar de damas fumantes
em trânsito no combate.

Como se fosse um
entregando-se a uma contenda
no final do caminho. Cumplicidade
das capturas. Arrebato
corpo a corpo.

Tudo feroz porque é sempre mais
sutil o desengano.

Ilustração: Dreamstime. 

No comments: