Wednesday, November 11, 2015

Uma poesia de Carlos Pendez

Ausente                                                                  
Carlos Pendez

Te presentí venir desde la ausencia,
que no fue soledad ni lejanía.
Era tanta esperanza tu presencia
que, sin quererte, te llamaba mía.

Torbellino de amor, mi adolescencia.
Mi otoño, el huracán de travesía.
Y siempre, en amorosa transparencia,
nostalgia de este amor que no venía.

Ahora estás. Y angustia de mi oído
es la ansiada palabra que no dices
y que ya el corazón ha recogido.

Vuelvo hacia ti mi soledad sufriente,
y ante tus ojos hondos y felices
siento que estás, en mi presencia, ausente.

Ausente

Te pressenti vir desd’a ausência
que não foi solidão nem distância.
Era tanta esperança tua presença
que, sem querer-te, te chamava minha.

Torvelinho de amor, minha adolescência.
Meu outono, o furacão de travessia.
E sempre, em amorosa transparência,
a nostalgia deste amor que não vinha.

Agora estais. E a angústia de meu ouvido
é a ansiada palavra que não dizes
e que já o coração há recolhido.

Volto até ti minha solidão sofrente
e ante teus olhos profundos e felizes
sinto-te em mim, em minha presença, ausente.



No comments: