Friday, November 21, 2014

Duas poesias de Silvia Rodríguez Ares



Mano ausente

Silvia Rodríguez Ares

Es la mano ausente
la que toca mi hombro.
Solíamos
pasear en primavera.
El frío
-y todo lo demás-
no sé por qué
sucede.

A mão ausente

É a mão ausente
que toca meu ombro.
Usavamos
passear na primavera.
O frio
-e todo o resto-
Não sei por que
sucedeu.

EXORCISMO

Silvia Rodríguez Ares

Tenés
la soga al cuello.
Mirame
si querés salvarte.
Todo
lo que soy
es un hilo
que se corta.

Exorcismo

Tens
a corda no pescoço.
Olha-me
se queres te salvar.
Tudo
o que eu sou
é um fio
que se corta.


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