Friday, February 21, 2014

Sofia Vivo


Piel confusa

Sofia Vivo 

Esa angustia redonda
Resbala sobre mi piel confusa,
No alcanzo a tocarla
Cuando se desintegra la noche.

Manzana corroída
Periclitas sin rumbo
Por mi ser desnudo,
Donde se pierden
Todas las vírgenes suicidas
Que una vez
Habitaron mis subsuelos.

Y tu
Ser sin rostro
Corres furtivo por mis cordones
Acechando el yoico miedo
Que amenaza desabrochar
Mis frágiles botones.

Abrigo mis muros
Con la savia íntima
De evanescente espuma roja
heráldica defensa de espinos.

Pele confusa

Essa angústia redonda
Resvala sobre minha pele confusa
Eu não consigo tocá-la
Quando se desintegra na noite.

Maça corroída
Vacilas sem rumo
Por meu ser desnudo,
Onde se perdem
Todas as virgens suicidas
Que uma vez
Habitaram em minhas entranhas.

E tu
Ser sem rosto
Corres furtivos pelos meus cadarços
Espreitando temer o ego
Que ameaça desabrochar  
Meus frágeis botões.

Abrigo meus muros
Com a seiva íntima
De evanescente espuma vermelha
Heráldica defesa de espinhos.


Ilustração: www.pavablog.com

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