Sunday, April 29, 2012

Poeminha do muito pouco



Sei que pensas que sou insensível
Por me comportar com a sensatez possível.

Os grandes amores, minha vida, digo calmo,
São os que não se realizam, como um salmo.

Não sabes, porém, a amargura que contém
Nem a dor que tal sabedoria, infelizmente, têm.

É claro que te desejaria dizer: -Vamos,
Quebremos as correntes e vivamos.

No entanto, o que parece simples nos seria 
A liberdade que nosso amor mataria.

Sei que vivemos pouco, mas, em certos momentos
O pouco é a fonte de todos os sentimentos

E mais precioso ainda por ser assim
Tão maravilhoso para você e para mim.

Ilustração: Site Contos Inconstantes 

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