Thursday, November 10, 2011

Rafael Duyos


SONETO

Rafael Duyos

Ese perfume de tu piel que inunda
los poros de la mía si te abrazo,
deja en mi sueño el venturoso trazo
del rosal que, a mi mano se fecunda....
Otra cosa no soy, si no profunda
semilla, polen sobre tu regazo,
estambre de clavel que aprieta el lazo
que te injerta a mi carne vagabunda...
Hueles, Amor, igual que los jardines
de mi Levante moro de azahares....
Hueles, Amor, a algas de mis mares
revolcada en la arena entre jazmines...
Y a nardo, a muerta, a estío en los pinares
¡y a la espuma que anuncia a los delfines!

Soneto

Este perfume de tua pele que inunda
os poros da minha se eu te abraço,
deixa no meu sonho o venturoso traço
da rosa que, na minha mão se fecunda
Outra coisa não sou, se não a profunda
semente, pólen em teu regaço,
estame de cravo que aperta o laço
que te injeta a minha carne vagabunda...
Cheiras, amor, igual aos jardins
de laranjeiras aos montes, de suas flores ....
Cheiras, amor, a algas de meus mares
revolta na areia entre os jasmins....
E a nardo, a murta, ao verão entres os pinheiros
E a espuma que anuncia os delfins!

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