Thursday, August 03, 2006

A FLOR DAS FLORES

FLOR PRECIOSA
A úmida flor
Que minhas mãos desajeitadas colhem
Tépida, febril, nervosa
É carne, fios, líquidos, rosa,
Porta e poço,
Começo e fim,
Jóia esplendorosa,
Realidade de sonho e de loucura
No qual espada e língua
Se confundem
E fazem ver que nada sei
Senão, ò criatura,
Que é mais linda
Que todas que vicejam nos jardins
E jamais terão este delicioso fim.

1 comment:

Saramar said...

Querido Poeta,
a sensualidade latente, a beleza desses versos elevam a musa à condição de deusa.
Maravilhoso!

Beijos